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terça-feira, 23 de junho de 2009

SAÚDE E DOENÇA

Comumente, em nível de organismo tem-se por definição de saúde como sendo a do estado oposto ao da doença e, em decorrência corresponderia a conceito que se subordina a à ausência desta.
As situações ideais têm inspirado conceituações de saúde. Não obstante, incidem invariavelmente em deficiências que tendem a se acentuar, à medida que se aprofundam no terreno da imprecisão dos enunciados. A mais potente nesse sentido, e talvez a mais difundida, vem a ser a que foi elaborada pela OMS e que figura no preâmbulo de sua Constituição. Diz ela que saúde vem a ser "o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença". É evidente a falta de precisão, em especial no que concerne ao significado da expressão "completo bem-estar". Certamente, este pode variar de acordo com o indivíduo, o tempo e o espaço. Em outras palavras, o que é bom para um não é obrigatoriamente para outro, e nem a presença de bem-estar significa a ausência de doença.
A noção de estado normal encontra-se claramente sujeita a características próprias do organismo e que são essencialmente variáveis. Dentro dessa gama de variações é que está incluída a normalidade, tanto física como fisiológica. Acrescente-se também à ocorrência de flutuações do estado normal de acordo com as circunstâncias, como é o caso do volume sangüíneo na prenhez a fora dela, e dos processos de aclimatação.
Assim sendo, para se poder chegar a definição mais precisa de saúde, convirá esclarecer, da melhor maneira possível, o que vem a ser o estado de doença. Daí a definição de doença como sendo o conjunto de fenômenos desenvolvidos em organismos, associados a uma característica, ou série de características comuns, que diferenciam esses organismos dos normais da mesma espécie, e de maneira a situá-los em posição biologicamente desvantajosa em relação àqueles. Com o objetivo de detectar a noção comum de doença, foram feitos inquéritos abrangendo leigos e profissionais da medicina. Os resultados têm demonstrado que, entre os primeiros, a doença tende a ser encarada como agente causador da afecção, isto é, as doenças existem e cada uma causa tipo peculiar de enfermidade. Por sua vez, os profissionais da área médica tendem a utilizar o nome de doença para designar conjunto de processos biológicos anormais, sem focalizarem implicações etiológicas. Assim desde que se considere esse pressuposto conceitual, pode-se estendê-lo ao entendimento amplo do que se poderia designar como agravo à saúde, e não apenas ao sentido comum aplicado à doença. E, da mesma maneira, subordinando-o à sobrevinda da desvantagem biológica, que se traduz por afetar o grau de capacidade fisiológica. Assim, o já mencionado gradiente de sanidade se estenderá desde o completo desempenho biológico do organismo, até o outro extremo, onde aquela desvantagem terá chegado ao máximo compatível com a vida, correspondendo assim à total incapacidade fisiológica, e conseqüentemente à morte. Como se pode ver, essa conceituação focaliza a doença ou agravo em seu sentido estrito, ou seja, manifesto de forma patente. Mas essa manifestação, de acordo com a etapa do processo que vier a ser considerada, pode não estar presente, como se verá a seguir.
De qualquer maneira, a resposta à questão sobre a natureza da doença deverá obrigatoriamente levar em conta esse fenômeno como processo resultante de respostas a estímulos ou agentes, originários de várias condições ambientais. Aquelas, por sua vez, sujeitas à influência do patrimônio gênico. Quando a resposta ultrapassar os limites da normalidade levará à situação de doença, com seus diversos quadros patológicos e clínicos. Sob o ponto de vista ecológico, pois, o estado de doença nada mais seria do que conseqüência de mecanismo de adaptação. O organismo humano apresenta várias feições de natureza adaptativa que ainda não lograram atingir nível completo. Tal é o caso dos desvios da coluna vertebral e das alterações vasculares da circulação de retorno, como varizes e hemorróidas, que são propiciadas pela adoção da postura ereta, além daquele dos processos degenerativos conseqüentes da longevidade. Assim sendo, é de se considerar como ponderável o papel desempenhado pelo processo e adaptação na gênese do estado de doença ou, em termos gerais, de agravo à saúde. Em decorrência, pode-se estabelecer a definição de saúde, em termos ecológicos, e que pode ser enunciada como a perfeita e contínua adaptação do organismo ao seu ambiente. A instalação da enfermidade, como etapa da doença ou agravo, corresponde ao advento da sintomatologia corresponde ao quadro clínico e consenqüentemente, à sobrevinda da desabilidade funcional. Distingue-se pois a doença ou agravo, em senso lato, da enfermidade clínica, ou doença em senso estrito.

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